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Ainda, o velho dilema

DR.DEVANILDO DAMIÃO
devanildo@gmail.com


A ordem dos fatores não altera o produto. Todavia, quando lidamos com equações mais complexas em outras aplicações, a ordem faz toda a diferença. Por exemplo, ao se lidar com o dilema da competitividade, a priorização da produtividade faz toda a diferença.

A dinâmica de produção confrontada com os recursos utilizados apresentará a produtividade, ou seja, os resultados do trabalho ponderado pelos recursos utilizados, respeitando-se os padrões de consumo.

O olhar na demanda, destacando os padrões de competição, servirá como referencia para os processos internos de produção.

O desdobramento dos processos leva a definição de atividades e recursos, sendo que os recursos humanos são os únicos com característica dinâmica, ou seja, capazes de atualização autônoma, mas que dependem de boas bases de ensino, ciência e tecnologia, as quais são em parte prerrogativas do Estado, o qual recolhe impostos para tal.

A produtividade de dada economia é sensível à capacidade e qualidade dos recursos humanos nela empregados. Isto explica o processo de desenvolvimento acelerado que as economias asiáticas, como a Coréia do Sul e a China, apresentaram, com alto investimento em educação e capacitação dos recursos humanos, resultando em maior competitividade.

Não é por acaso que grandes empresas de segmentos intensivos em tecnologia, como a automobilística e a de eletroeletrônicos, tenham o selo de Made in Coréia, ou que o domínio de produção de vários segmentos de eletrônicos esteja na China.

Fica evidente que a aposta deve ser em educação de qualidade, e não somente em expansão. O melhor indicador de uma instituição de ensino é a qualidade do formando. Para isso, é necessário atuar fortemente nas condições propiciadoras de uma bom aprendizado, valorizando o professor, dotando-o de recursos adequados.

O dilema da produtividade somente será superado no País com a aplicação intensiva do conhecimento, sendo que o conhecimento habita o intelecto humano, quando o encontra bem conformado, motivado e com capacidade de expansão.

Devanildo Damião é doutor em gestão tecnológica (USP); pesquisador do Núcleo PGT /USP; coordenador do Núcleo Acadêmico da Agende e coordenador de pós-graduação (MBA) em inovação tecnológica no Centro Universitário Padre Anchieta, em Jundiaí. Escreve às quartas.




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