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Nobel premia o avanço da sociedade

Talvez, o mais significativo instrumento de reconhecimento de avanços culturais e científicos para a sociedade seja o Prêmio Nobel, o qual é estruturado com base num conjunto de prêmios internacionais anuais concedidos em várias categorias por comitês suecos e noruegueses.

O Nobel teve início com a herança deixada pelo cientista Alfred Nobel que posteriormente foi organizada por meio de uma fundação.
O prêmio financeiro de 8 milhões de coroas suecas (US$ 1,1 milhão, ou perto de R$ 2,4 milhões) não é desprezível, mas o reconhecimento internacional tem um ganho imensurável.

Neste ano, na economia, o vencedor foi um francês, contrariando a tendência dos vencedores americanos. É o professor da Universidade de Toulose Jean Tirole, de 61 anos, por seu trabalho sobre o poder e regulação de mercado.

Ele esclareceu como entender e regular setores com algumas poucas empresas, os chamados oligopólios. Mercados concentrados em poucas empresas sem regulação, frequentemente produzem resultados sociais indesejáveis, tais como preços mais altos do que o dos outros, motivados por custos, ou empresas improdutivas que sobrevivem para bloquear a entrada de novas empresas mais produtivas.

Na medicina, os premiados apresentaram trabalho referente ao sistema neurológico humano. Os pesquisadores John O’Keefe, May-Britt Moser e Edvard Moser descobriram a existência de células que formam um sistema de posicionamento no cérebro humano bem mais avançados que os sistemas de posicionamento Global, os GPS.

Os pesquisadores japoneses Isamu Akasaki, Hiroshi Amano e Shuji Nakamura receberam o prêmio de física pela invenção de díodos de luz azul, que proporcionam uma fonte econômica de luz branca. Na química, foram laureados os cientistas Eric Betzig, Stefan Hell e William Moerner, por trabalhos que otimizam a capacidade dos microscópios a um novo patamar condizente com as nanopartículas.

Outro francês, o escritor Patrick Modiano, ganho o prêmio de literatura por conta da obra “da arte da memória com a qual evocou os destinos humanos mais inapreensíveis e jogou luz sobre a vida durante a ocupação”.

O indiano Kailash Satyarthi e a paquistanesa Malala Yousafzay ganharam o Nobel da Paz de 2014 “pela sua luta contra a supressão das crianças e jovens e pelo direito de todos à educação”.

Afora, as discussões sobre a politização do prêmio e eventuais injustiças cometidas, o Nobel foi criado para proporcionar condições confortáveis para que os cientistas possam efetivamente desenvolver os trabalhos, sem as inúmeras pressões políticas e financeiras.

Devanildo Damião é mestre e doutor em gestão tecnológica – USP; coordenador do Núcleo PGT-USP e Coordenador do Núcleo Acadêmico e do Núcleo do Parque Tecnológico da Agende




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