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Tecnologias que facilitam a vida

No caminho de apontar as principais tendências tecnológicas, sobressaem-se a computação em nuvem, a internet das coisas e as cidades inteligentes.

O conceito de computação de nuvem refere-se à intensa utilização de dados com base em plataformas virtuais, acessadas por meio da internet, ou seja, não instalados na própria máquina. Acontece, por exemplo, quando deixamos os e-mails armazenados no próprio provedor e os acessamos de qualquer local, diferente de quando os deixamos no software do nosso computador.

Os custos relacionados a aquisição de hardwares e softwares são reduzidos drasticamente, assim como os custos de manutenção de equipamentos e atualização de softwares. A lógica é transitar da lógica física, para a virtual. O usuário paga unicamente pelo serviço, e não pelos produtos.

O cerne da Internet das Coisas baseia-se no conceito de redes e interconectividade entre objetos, com o propósito de reunir redes de centenas de bilhões que poderão interoperar entre si e também com base de dados como data centers e nuvens computacionais. Assim, instrumentos como sensores e medidores tornam-se elementos ativos de geração de dados, interligando os objetos com o mundo digital e formatando novos sistemas de informação.

O grande lance das Internet das Coisas é que podemos adicionar inteligência à infraestrutura física que molda nossa sociedade. Para ilustar, um poste instrumentado pode se tornar uma fonte de informações para a mobilidade urbana, caso seja conectado a sensores que captem a movimentação de veículos e pessoas em determinado local, ou uma interessante fonte de economia de energia quando ligado a um controlador de intensidade de luz.

Antes de 2020, estima-se que teremos mais de 25 bilhões de dispositivos conectados a redes para gerar informações, incluindo automóveis que permitem monitorar o tráfego, equipamentos médicos com informações sobre os pacientes, calçados com informações sobre o usuário.

Os objetos são utilizados como instrumentos de transmissão de informações, as quais são enviadas para enormes base de dados, que se utilizam de técnicas avançadas, tais como big datas que desenvolvem informações aos diferentes grupos.

E como trazer esses avanços para a população? A resposta são as cidades inteligentes. A dinâmica não é trivial e depende de esforços, investimentos e mudanças. A cultura da tomada de decisão com base em informações deve ultrapassar gestões e criar uma nova mentalidade dos gestores públicos, com visão holistica e de longo prazo.

Cabe à população exigir das lideranças propostas e projetos alinhados com as possibilidades de que a tecnologia proporciona. É inadmissível com a escassez dos recursos naturais, que a energia seja desperdiçada, quer seja numa iluminação que está acessa incorretamente, na falta de identificação de vazamentos ou no deslocamento desnecessário.

Devanildo Damião é mestre e doutor em gestão tecnológica – USP; coordenador do Núcleo PGT-USP e Coordenador do Especial Técnico Científico.




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