Atualmente, existe quase um consenso em considerar que o Estado deve priorizar algumas atividades e deixar outras para a competição de empresas no mercado, o argumento é que o Estado pesado gera um grande passivo para a sociedade, sendo influenciado de forma não técnica, prejudicando o seu desempenho.
Desta forma, ao Estado cabe um papel de indutor de políticas que favoreçam a competitividade: quer seja explorando atividades que geram riquezas e tecnologia, ou mesmo, tentando ser competitivo em atividades com alto potencial de futuro.
Assim, pode-se considerar que o Estado deve proporcionar condições propiciadoras para a competitividade da economia local, ou seja, desenvolver mecanismos de aferição da competitividade externa e rapidamente igualar os patamares de competição. Esses aspectos são refletidos por meio de políticas, regulações, ações fiscais e monetárias e investimentos em infraestrutura.
Especificamente, a infraestrutura envolve uma série de elementos que permeiam toda a atividade econômica: transporte, energia, portos, rodovias e outros. Por exemplo, para conseguir crescimentos sustentados da indústria são necessários investimentos prévios no aumento da capacidade de geração de energia elétrica.
Para exportar e importar produtos são necessários ajustes nas cadeias que contemplem desde a chegada de produtos ou insumos para a composição de produtos, até o processo de desembaraço aduaneiro, envolvendo o transporte de mercadorias e portos.
Estudo da consultoria LCA com base no Fórum Econômico Mundial realizado em Genebra na Suíça evidencia que o Brasil numa escala de 1 a 7, fica posicionado na posição 3,4. O resultado é muito ruim. Para melhor efeito de comparação, o Brasil, em termo de geração de riquezas, está entre as 10 maiores economias do mundo e nesse ranking fica atrás de países com economias bem menores, tais como África do Sul, Chile, Argentina, Tailândia, entre outros.
A falta de infraestrutura limita a competitividade, aumentando o custo dos produtos desenvolvidos no país.
Em termos logísticos, parte dessa conta deve ser creditada a pequena visão dos governantes, os quais, historicamente optaram por modais de forma equivocada para um país como o Brasil, com extensão continental.
Sendo assim, a maior parte do transporte de cargas é realizada via rodovias, com alta necessidade de manutenções e influência sobre a sustentabilidade ambiental, fato que distorce as boas práticas de um processo logístico.
O investimento em ferrovias é urgente, e pode ser priorizado num primeiro momento na recuperação da malha ferroviária, visto que não haverá necessidades de desapropriações. A riqueza dos nossos rios pode ser aproveitada para transporte de produtos, otimizando a utilização desse espaço.
Os Portos e Aeroportos precisam de atualizações em termos de governança, gestão e estrutura, os vícios burocráticos precisam desaparecer a governança ser transparente e por fim a estrutura ser ampliada para comportar o nosso crescimento.
A opção de busca recursos privados, deve ser precedida pela lógica de tornar o projeto atrativo para o investimento privado, para tal é necessário o estado desenvolver marcos legais com regras claras e estáveis, pois essa condição é a base para os investimentos, aproveitando-se dos novos instrumentos, como as parcerias públicas privadas.
Os investimentos em infraestrutura é um bom critério para se definir o voto.