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Guarulhos do futuro.


 

O crescimento vertiginoso da cidade nos últimos 60 anos, na qual a sua população saiu de um patamar de 35.000 habitantes em 1950 para cerca de 1,3 milhão de habitantes em 2010 suscita a necessidade de análise de alguns fatores. É importante destacar que desde a sua fundação até 1950 (cerca de 390 anos), a cidade apresentava uma grande déficit no adensamento populacional.
O ano de 1954 marca a inauguração da Rodovia Presidente Dutra, ligando as duas principais cidades do País, naturalmente, o entorno da Rodovia tornou-se objeto do desejo de indústrias, devido às vantagens logísticas dessa localização. O surgimento de grandes empresas demandou a necessidade de mão-de-obra para as atividades operacionais, na sua maior parte, os trabalhadores fixaram residências no município, explicando a explosão populacional.
Em 1985, outro importante equipamento logístico foi inaugurado, o Aeroporto Internacional de Guarulhos, tornando-se o principal Aeroporto em termos de circulação de cargas e pessoas do país.
Soma-se a isso, o fato que outras duas Rodovias cortam a cidade, Fernão Dias e Airton Senna, tornando a cidade num hub rodoviário, a grande esquina do Estado de São Paulo. Nos próximos anos, teremos a execução dos trechos leste e norte do Anel Viário do Estado de São Paulo, considerada a maior obra viária do país, a qual naturalmente deverá conectar-se ao Aeroporto e também a via Jacú-Pessego.
Emerge a necessidade de colocar na pauta, os esforços a serem desenvolvidos para manter a vantagem logística, a otimização desses recursos e as estratégias para manter ativa a economia da cidade:
i) as melhorias nas marginais da cidade de São Paulo aliada a sua governança (com a proibição de caminhões) permitiu o aumento da fluidez do trânsito. Todavia, os ganhos estão sendo estrangulados pela precariedade da Rodovia Presidente Dutra, a qual se encontra via de regra congestionada e sem nenhum tipo de governança; ii) a Rodovia Fernão Dias encontra-se parcialmente interditada, as obras estão em ritmo lento e sem nenhuma sinalização de término, acomodando-se numa solução paliativa. iii) o Aeroporto Internacional, opera em ritmo superior a sua capacidade, a ampliação é inevitável, e o projeto original já previa a ampliação de terminais, mas a decisão definitiva não foi tomada; iv) a malha ferrovia inexiste, soluções mirabolantes são colocadas, mas, distantes de resultados objetivos; v) a chegada do Metrô a cidade parece um sonho cada vez mais distante, parece óbvio que o principal Aeroporto do País deve estar conectado ao Metrô; vi) a emergência de um parque tecnológico, visto que a indústria para continuar competitiva precisa ser requalificada e gerar inovações, as quais derivam da aplicação de conhecimentos.
Esse conjunto de fatores deve se transformar numa lista de checagem das intenções dos candidatos a deputados e senadores e de cobrança em relação ao executivo da sociedade civil organizada.




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