Os dados do PIB relativos ao último trimestre de apuração apontaram a economia da CHINA como a segunda maior do Mundo, ultrapassando a economia japonesa. Desta forma, tornou-se inferior somente a economia americana estimada por volta de 14 trilhões de dólares/ano, sendo que as projeções apontam que 2030 será o ano que marcará o posicionamento da CHINA como a principal potência econômica mundial.
Esses dados são importantes para evidenciar o papel da CHINA na nova geografia global e sobretudo, encará-la como potência que tem responsabilidades sobre a ordem mundial. A questão é se a China vai assumir esse papel. Parece que não, pois fez pouco alarde e estrategicamente não comemorou o resultado, de superação do Japão.
Motivo: pretende permanecer com o status de economia que deva receber um tratamento diferenciado dos demais países e por este motivo não responder por responsabilidades, principalmente, nos direitos à propriedade intelectual e trabalhistas.
Os americanos até o momento estão acomodados em relação ao posicionamento da CHINA, visto que a mesma é a grande financiadora dos déficits americanos, mantendo reservas trilionárias de dólares com a compra de títulos do tesouro.
Uma análise mais aprofundada da China revela que a China enfrenta imensos problemas sociais, o seu Produto Interno Bruto percapta (riquezas por pessoa) é baixo e existe uma grande população rural que vive em condições precárias.
Mas, isso não está na pauta de prioridades chinesas, visto que a China desenvolve uma política expansionista, comprando reservas de recursos naturais, fortalecendo o risco de no futuro termos a principal economia do mundo sendo a controlado de reservas de recursos em nível global.
É preciso alterar a pauta, pois os discursos contra os americanos são inúmeros e tornaram-se politicamente corretos em alguns setores, mas torna-se evidente nesse cenário uma visão mais abrangente. Da mesma forma, aqueles que combatem as privatizações parecem que não se deram contra do perigo que é a venda de ativos, o País não pode entrar numa onda de mercantilizar a sua riqueza, vendendo aquilo que garantirá a sobrevivência das próximas gerações.
Para fazer uma comparação, imagine que um time de futebol venda a sua base de formação de jogadores, no futuro ela não terá mais jogadores para vender, ou seja, é a forma mais comum de acabar com o futuro de uma agremiação. O Santos vendeu 40% dos direitos econômicos do Neymar para o Sondas em troca de “dinheiro de pinga”, imagine a fortuna que deixará de ganhar no futuro, visto que barganhou antecipadamente a governança sobre o seu principal ativo futuro.
Assim, no que tange aos ativos da união, cabe ao Governo o papel de organizar esse cenário, limitando o poder de atuação do capital estrangeiro. A mão invisível do mercado mostrou-se incapaz de equacionar todas as equações complexas colocadas no tabuleiro da economia mundial e um país como o Brasil precisa ter políticas que o direcionem para o futuro, sob o risco de que a inação se transforme num desvio para um desfiladeiro.