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Mensuração da inovação nas empresas



"Os padrões internacionais privilegiam a análise do esforço inovativo"

 

A gestão se estabelece efetivamente a partir de quatro funções fundamentais, planejamento, organização, direção (liderança) e controle. Na perspectiva das atividades de controle, fica evidente que somente é possível controlar quando existe a medição.

Para existir a mensuração é necessário desenvolver indicadores adequados e representativos dos processos sob análise. Nessa perspectiva, no tocante a inovação, a complexidade se acentua, visto que existe uma grande incerteza em relações aos resultados dos movimentos de inovação. O cerne da questão posiciona-se na seguinte perspectiva, o elemento de análise deve ser somente os resultados dos processos inovativos ou a melhor opção é analisar o esforço para inovar das organizações.

Os padrões internacionais privilegiam a análise do esforço inovativo, sendo que a principal referência é o Manual de Oslo, o qual fornece subsídios para avaliar as organizações. No Brasil o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE coordena a aplicação da Pintec, pesquisa de Inovação Tecnológica aplicada às empresas no País, a pesquisa é de amplitude nacional e analisa atualmente mais de 100 mil empresas. A maior das analisadas são do segmento industrial.

A pesquisa é desenvolvida com base num questionário estruturado respondido por profissionais qualificados indicados pelas próprias empresas, as quais devem ter no mínimo 10 funcionários. São mensurados aspectos relevantes como número de profissionais alocados em atividades de pesquisa e desenvolvimento, percentual do faturamento que é aplicado em atividades inovativas, e efetivamente se foram desenvolvidas atividades de inovação.

A última versão da pesquisa publicada recentemente e que se refere ao ano de 2008, apresenta alguns resultados interessantes, foram investigadas, ao todo, 106,8 mil empresas, das quais cerca de 41,3 mil implementaram produto e/ou processo novo ou substancialmente aprimorado entre 2006 e 2008. Isso significa que, das 100,5 mil empresas industriais, 38,1% foram inovadoras. A pesquisa confirma a versão anteriores das pesquisas que informa que a principal atividade inovativa nas empresas do país refere-se à compra de máquinas e equipamentos dos exterior. Também, evidencia que as empresas estão cada vez mais ampliando a utilização das redes de informação, apontando a Internet como uma das principais fontes de informação para a Inovação, sinaliza uma pequena melhora na relação das empresas com as Universidades.

No que se concerne à fatia do faturamento das empresas aplicado em atividades inovativas, à parcela está estável em 3%, resultado decepcionante que evidencia que apesar dos esforços fiscais, formulação de marco regulatório com a Lei de inovação e incentivos por meio de Editais concorrenciais com recursos para as empresas, não houve um movimento com o dinamismo esperado no país.

Fica evidente que a formatação de espaços que incentivem a interação e articulação entre Universidades e Empresas pode ser o determinante para induzir projetos inovativos e ampliar a taxa de inovação no País.

 


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