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Inovação Tecnológica



'Cidade precisa de Parque Tecnológico para os próximos 450 anos'

 

Levantamento recente feito pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) evidencia um fato preocupante, visto que se compararmos as exportações, nos primeiros nove meses de 2010 ante o ano de 2009, veremos uma queda de 8,9% para 7% nos produtos de Alta Tecnologia.

Esse fato é preocupante, pois são nos produtos e serviços de alta intensidade tecnológica que são empregados profissionais com maior nível de qualificação e também envolvem elos mais nobres das cadeias produtivas. Portanto, representam em parte, o potencial tecnológico de determinada localização, envolvendo a mobilização da base técnica e científica.

Para citar um exemplo, veja o caso hipotético da compra de aeronaves de um determinado país. O país exportador deverá oferecer um conjunto de conhecimentos junto com o produto, os quais envolvem contratos de transferência de tecnologia e serviços técnicos especializados, para montagem, manutenção, assistência técnica e outros relacionados ao know-how. Nesse aspecto, as políticas industriais desses países devem ser sensíveis ao adensamento da cadeia produtiva desses setores, proporcionando alavancar ganhos.

Vale destacar que um perfil de produção com produtos complexos envolve uma série de benefícios para uma localidade. Para esclarecer melhor a situação, imagine que produtos de alto valor agregado possuem: alto valor comercial e ciclos de vida longos, os quais demandam serviços especializados de manutenção e reposição de componentes. Para viabilizar essas operações que envolvem aplicações de conhecimentos especializados, demandam-se técnicos capazes e bem formados, movimentando uma cadeia nobre que se inicia com a formação.

Para melhor situar a discussão, pode-se considerar que as exportações representam o perfil técnico de determinado país. Sendo assim, a situação não é favorável. Olhando para o Brasil, as exportações de produtos básicos são constantes e crescentes, passando de 26,3 % em 2001 para quase 45% % em 2010. Por sua vez, os produtos manufaturados estão no caminho inverso e nos últimos cinco anos diminuíram a participação em mais de 15%.

Outro aspecto interessante está relacionado ao esforço e infraestrutura necessários para o desenvolvimento de atividades com alta intensidade tecnológica, quando comparada com atividades de baixa intensidade. As indústrias de base tecnológica, via de regra, buscam a sustentabilidade econômica, social e ambiental. Desta forma, contribuem com o poder público local, realizando investimentos e contribuindo no esforço de organizar estruturalmente as localidades.

O surgimento de ambientes alinhados nesta perspectiva de inovação e sustentabilidade é uma política inteligente para Guarulhos. Não se duvida do potencial da cidade em acelerar o desenvolvimento ancorado no Parque Tecnológico, criando condições propiciadoras para o ciclo virtuoso do conhecimento.

 


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