O caminho para a inovação passa por pessoas
competentes e que aceitam desafios
A sociedade e as organizações passaram por mudanças radicais nos últimos anos. Talvez a parcela mais significativa deve-se ao surgimento da microeletrônica, que ampliou os meios de comunicação e informação. Uma acentuação desta dinâmica deve advir com o refinamento da escala de nanotecnologia.
O novo cenário provocou um novo arranjo de competências no mundo empresarial, colocando em choque os velhos paradigmas, levando a necessidade de desenvolvimento organizacional das estabelecidas e surgimento de novos modelos de organização. Simplificando, os meios para fluir os conhecimentos se ampliaram e os recursos para fazer uso dos mesmos devem se adequar a nova situação.
O técnico voltado exclusivamente para o interno perdeu espaço, visto que o segredo do sucesso empresarial está centrado na condição de mobilizar recursos e não unicamente na condição do “faça você mesmo”. As redes e conexões permitem mobilizar recursos de forma quase ilimitada, com isso valorizaram-se as habilidades de relacionamento pessoal, persuasão, negociação e estruturação de processos. Em suma, valoriza-se mais a capacidade do aprender dinâmico em detrimento do saber estático.
A gestão de mudanças tornou-se essencial, e carregou consigo alteração no perfil do profissional desejado das organizações, a síndrome de Gabriela “eu nasci assim, eu cresci assim, sempre vai ser assim” tornou-se a antítese das competências desejadas, o que importa agora é o contexto, o profissional necessita ser flexível, aceitar novas opiniões e fazer com eficácia, ou seja, está disposto a aprender novamente.
As organizações por sua vez, estão defronte de um novo desafio, gerir conhecimentos, fato que implica na necessidade de alterar uma visão patrimonialista de estoques para uma visão de fluxos contínuos de informações, ou seja, deve tornar-se uma plataforma dinâmica e propiciadora de mobilização de competências e recursos.
O valor de uma organização é derivado menos do seu imobilizado (imóveis, patrimônios) e mais da sua capacidade de mobilização (pessoas com grande competência e visão processual). Isso cria uma dinâmica perigosa para os profissionais acomodados e contrários às mudanças, pois eles tendem a buscar zonas de conforto e provavelmente, somente encontrarão esta situação no sofá de casa, quando estiverem desempregados.
Fica fácil, entender que inovar não é fácil, e reforçar a busca incessante por inovações, visto que elas são as respostas às mudanças e demandas da sociedade e são frutos de processos contínuos de descontinuidades, ou seja, fazer coisas de maneira diferente, todavia organizada em estruturas lógicas como projetos. O caminho para inovar não é fácil, e passa por pessoas competentes que aceitem o desafio da novidade, do fazer diferente, do aprender contínuo.