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Fontes de inovações: Guerra e defesa.


Dr. Devanildo Damião
• Mestre e Doutor em Gestão Tecnológica - USP
• Pesquisador do Núcleo PGT - USP
• Coordenador do Núcleo Acadêmico e do Núcleo do Pq Tecnológico da AGENDE

As inovações são resultados da aplicação de conhecimentos novos, em processos estruturados, que permitem a replicação com a finalidade comercial e/ou social. Desta forma, cabem inovações que tenha por objetivo melhorar a vida das pessoas e também, contrariamente inovações devastadoras da vida humana, como a bomba de hidrogênio e o potencial letal das armas de fogo.
O laboratório para as armas destrutivas estão alojados em departamentos de defesas dos principais exércitos do mundo, sobretudo, da defesa americana. Vamos focar neste artigo duas armas de diferentes características: a cibernética e os aviões não tripulados:
Para combater o desenvolvimento da bomba nuclear no Irã, os americanos e israelenses, estão utilizando vírus potentes, como o Flame e o Stuxnet. Eles objetivam desacelerar a capacidade de construção das bombas nucleares. A base para estas estratégias são o desenvolvimento das chamadas ciberarmas, frutos de conhecimentos especializados, com o propósito de confundir e destruir informações.
Mas, imagine o risco este conhecimento seja apropriado por mãos perigosas, elas poderiam causar perturbações em sistemas elétricos e financeiros, ou até mesmo causar estrago em defesas militares, ou mesmo numa empresa privada rival. O potencial de terrorismo seria reforçado por máfias com acesso a rede bancárias e comerciais.
O outro ponto, que gostaria de destacar nesta semana, são os “drones”, os quais são aviões não tripulados. Os mesmos introduziram alterações revolucionárias na organização de combate. Como principais vantagens estão a redução do intervalo de tempo entre a detecção e a destruição do alvo, reduzidas para poucos segundos e principalmente, a integridade do soldado, que não precisa se arriscar. É essa inovação o grande trunfo do exército moderno dos Estados Unidos, visto que são capazes de atingir alvos descobertos antes que o adversário pense em reagir. Na essência a guerra transforma-se num grande jogo de Internet
Os aviões, já são usados para diferentes aplicações, que vão desde a pulverização de plantações no Japão, até o mapeamento de cardumes de atum nos Estados Unidos. No Brasil, esse movimento ganha contornos. A Polícia Federal comprou e utiliza 15 drones israelenses para o controle de regiões de fronteira. No ano passado, a Petrobras começou a operar um drone para monitorar as obras de um gasoduto no interior de São Paulo e, seguramente, novas aplicações vão surgir estimulados pelo ciclo tecnológico, o qual vai baratear a aquisição.
Esses aviões especiais são equipados com GPS, softwares de georeferenciamento e internet de alta velocidade, além de outros programas embarcados que permitem a resposta logística rápida e poderão ser a solução para aplicações comerciais e sociais.




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