Com sede na Suíça, Genebra, o Fórum Econômico Mundial é uma organização sem fins lucrativos que discute as questões mais urgentes enfrentadas mundialmente. Um dos grandes produtos da sua ação são as reuniões anuais em Davos, Suíça, nas quais reúne os principais líderes empresariais e políticos.
A instituição é de alta credibilidade e elabora anualmente um ranking das economias com maior competitividade no mundo, baseado em aspectos quantitativos e qualitativos.
Na edição 2012, o Relatório Global de Competitividade, divulgado nesta semana, analisou as condições de competitividade de 144 países, valendo-se de dados estatísticos nacionais e internacionais e de uma ampla pesquisa de opinião realizada junto a executivos.
Os Estados Unidos caíram duas posições, aparecendo na sétima colocação, evidenciando um cenário de incertezas que permanecem sobre a economia americana. De outro lado, a Suíça, apesar da crise na Europa, encabeça a lista das economias mais competitivas pelo quarto ano consecutivo, seguida por Singapura, Finlândia, Suécia e Holanda. O Reino Unido também merece destaque por ter subido duas posições, da 10ª para a 8ª.
O Brasil avançou cinco posições, de maneira semelhante à melhora do ano passado, alcançando a 48ª posição do ranking e entrando pela primeira vez para o grupo dos 50 países mais competitivos do globo.
Os critérios são 12, envolvendo educação básica, saúde, qualidade das instituições, infraestrutura e ambiente macroeconômico.
Também são observados indicadores de eficiência, tais como educação superior, prontidão tecnológica, eficiência do mercado de trabalho e tamanho de mercado, dentre outros. E fatores de inovação e sofisticação.
A melhoria na colocação do Brasil deve-se principalmente à percepção de uma melhora na condição macroeconômica do País, com as medidas relacionadas à sustentabilidade do modelo, e, de forma indireta, à mudança na metodologia de cálculo do relatório, que não considera mais o spread bancário como variável (era um fator negativo).
Também são aspectos positivos o aumento na utilização das tecnologias de informação, o ambiente de negócios relativamente sofisticado, que tem se aproveitado da expansão do mercado interno, e ainda o acesso fácil e competitivo aos meios de financiamentos para investimentos, por parte das empresas, além do tamanho do mercado, no qual ocupa a 8º posição.
Eficiência de mercado de bens, saúde, educação primária e infraestrutura continuam a prejudicar a nossa avaliação, refletindo uma avaliação consensual em nosso País. As recentes medidas relacionadas às obras de infraestrutura com maior participação da iniciativa privada devem melhorar a próxima avaliação, a qual tem como efeito prático o aumento da atratividade para investimentos.