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Desempenho do PIB do terceiro trimeste de 2012.
Dr. Devanildo Damião
• Mestre e Doutor em Gestão Tecnológica - USP
• Pesquisador do Núcleo PGT - USP
• Coordenador do Núcleo Acadêmico e do Núcleo do Pq Tecnológico da AGENDE
• Mestre e Doutor em Gestão Tecnológica - USP
• Pesquisador do Núcleo PGT - USP
• Coordenador do Núcleo Acadêmico e do Núcleo do Pq Tecnológico da AGENDE
Sinais de Perigo para 2013.
O Resultado do PIB do terceiro trimestre de 2012 provocou reações de decepção e aumentou preocupações sobre o fututo da economia e a intensidade do contágio do País em relação à crise mundial.
É importante salientar que não se pode acusar o governo por inação, pelo contrário, o governo se mobilizou bastante, com medidas de estímulo ao crédito, diminuição de juros, depreciação do câmbio e inclusive tratamento seletivo de alguns setores.
Mesmo considerando ser necessário um maior “delay” para a avaliação efetiva das decisões, não fica dúvidas que um crescimento de apenas de o,6% sobre o trimeste anterior (não considera as sazonalidades) é decepcionante.
Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior o crescimento é de apenas 0,9%, projetando um crescimento para o ano de 2012 abaixo de 1%. A indústria continua a preocupar muito, com uma queda de 0,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, e quando considera-se somente a indústria de transformação, o resultado da queda é ainda mais significativo 1,8%.
O resultado é ainda pior quando o olhar se dirige para os investimentos, os quais apresentam quedas contínuas e refletem falta de confiança dos investidores no País, recuo na taxa de investimento reflete em menor crescimento, comprometendo as expectativas para 2013.
Voltando ao PIB, e para termos uma dimensão da natureza negativa dos números cabe frisar que a India está bastante preocupada ante um crescimento de 5,3% neste no 30 trimestre em comparação com o ano anterior e que apresentamos os piores números, de crescimento no período nos BRICs (CHINA 7,4%; INDIA 5,3%; RUSSIA 2,9%; e AFRICA DO SUL 2,3%).
Quando lança-se o olhar para o mercado externo, o cenário não é dos mais promissores, uma profunda crise na Europa que apresenta uma taxa de desemprego média acima de 10% e aumento de competição em diversos setores.
No âmbito interno, observa-se que a industria brasileira não está conseguindo atender o aumento da demanda provocado pelo aumento de consumo das famílias, que ficou acima de 3% ante o mesmo período de 2011. O atenuante, deve-se ao fato de que foram atendidas pelos estoques existentes, os quais deverão ser repostos.
Fica o recado: necessidade de continuar e reforçar as medidas de estímulo a produção, as melhorias macroeconômicas, ao incentivo à inovação e melhorias na infraestrutura. O País não pode ser afetado por uma onda de pessimismo que afete a disposição da nossa sociedade em superar barreiras. Destaque especial, deve se dado a aplicação da inovação tecnológica nos diversos setores, criando-se uma ambiente de incentivo e modernização das atividades no País.
