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Brasil – Momento de decisão
Devanildo Damião
“O vestido branco está belíssimo, todavia a escolha é inadequada para uma noite chuvosa e fria como a de hoje”.
A frase acima ilustra a necessidade do alinhamento entre o contexto e as tomadas de decisões. A taxa de sucesso dos planejamentos é bastante sensível à correta leitura dos cenários.
Nos últimos anos, o cenário mundial apresentou grande oferta de crédito e simultaneamente demanda por produtos in natura.
Este movimento foi liderado pela China, que precisava melhorar a infraestrutura e integrar parcela significativa da população na transição do mundo rural para o urbano.
De forma estrutural, as ações na China foram engendradas com o objetivo de privilegiar o modelo de desenvolvimento ancorado na produção em escala, obtendo vantagem competitiva dos produtos e trazendo recursos externos. O modelo trouxe como resultado a liderança no comércio internacional, superando os americanos.
De forma pontual, no Brasil, o minério de ferro foi um componente importante para os bons resultados do comércio internacional e para sustentar os programas internos. Todavia, a realidade já se encontra em mutação.
O crescimento da China está se acomodando a taxas menores; consequentemente, a demanda diminuiu.
Ao mesmo tempo, a China tornou-se um concorrente altamente competitivo no comércio internacional. Isto implica a remodelagem de estratégias no País, emergindo a necessidade de se repensar o modelo de inserção no comércio internacional, questionando iniciativas como a atuação no Mercosul e as relações com a própria China.
O posicionamento do Brasil de enfrentamento nas últimas edições dos fóruns econômico de Davos precisa ser alterado.
A visão precisa ser de composição e busca de oportunidades. Na prática, o reconhecimento de que o mundo é globalizado e liberal.
Outro ponto que não pode ser ignorado, e talvez o mais importante, é o fortalecimento da economia norte-americana, promovida principalmente pela vantagem competitiva energética obtida com o gás de xisto.
Essa vantagem tem desdobramentos transversais, e vários segmentos serão beneficiados na economia americana. O lançamento da caminhonete Ford de alumínio não poderia ser mais simbólico.
E, com grande pesar para os mais nacionalistas, é necessário questionar a viabilidade de continuar as estratégias para o pré-sal, que tornou-se a nossa última plataforma de desenvolvimento, com investimentos de alto custo e risco.
De antemão, é importante estudar este novo cenário e traçar estratégias que permitam competir com chances reais.
Os setores intensivos em energia para a produção serão dominados pelos norte-americanos. O desafio é investigar oportunidades complementares.
Visões xenofóbicas somente irão retardar a realidade imposta.
Do contrário, a garota vai passar frio…
A frase acima ilustra a necessidade do alinhamento entre o contexto e as tomadas de decisões. A taxa de sucesso dos planejamentos é bastante sensível à correta leitura dos cenários.
Nos últimos anos, o cenário mundial apresentou grande oferta de crédito e simultaneamente demanda por produtos in natura.
Este movimento foi liderado pela China, que precisava melhorar a infraestrutura e integrar parcela significativa da população na transição do mundo rural para o urbano.
De forma estrutural, as ações na China foram engendradas com o objetivo de privilegiar o modelo de desenvolvimento ancorado na produção em escala, obtendo vantagem competitiva dos produtos e trazendo recursos externos. O modelo trouxe como resultado a liderança no comércio internacional, superando os americanos.
De forma pontual, no Brasil, o minério de ferro foi um componente importante para os bons resultados do comércio internacional e para sustentar os programas internos. Todavia, a realidade já se encontra em mutação.
O crescimento da China está se acomodando a taxas menores; consequentemente, a demanda diminuiu.
Ao mesmo tempo, a China tornou-se um concorrente altamente competitivo no comércio internacional. Isto implica a remodelagem de estratégias no País, emergindo a necessidade de se repensar o modelo de inserção no comércio internacional, questionando iniciativas como a atuação no Mercosul e as relações com a própria China.
O posicionamento do Brasil de enfrentamento nas últimas edições dos fóruns econômico de Davos precisa ser alterado.
A visão precisa ser de composição e busca de oportunidades. Na prática, o reconhecimento de que o mundo é globalizado e liberal.
Outro ponto que não pode ser ignorado, e talvez o mais importante, é o fortalecimento da economia norte-americana, promovida principalmente pela vantagem competitiva energética obtida com o gás de xisto.
Essa vantagem tem desdobramentos transversais, e vários segmentos serão beneficiados na economia americana. O lançamento da caminhonete Ford de alumínio não poderia ser mais simbólico.
E, com grande pesar para os mais nacionalistas, é necessário questionar a viabilidade de continuar as estratégias para o pré-sal, que tornou-se a nossa última plataforma de desenvolvimento, com investimentos de alto custo e risco.
De antemão, é importante estudar este novo cenário e traçar estratégias que permitam competir com chances reais.
Os setores intensivos em energia para a produção serão dominados pelos norte-americanos. O desafio é investigar oportunidades complementares.
Visões xenofóbicas somente irão retardar a realidade imposta.
Do contrário, a garota vai passar frio…
