"A transformação do conhecimento em riqueza trazendo resultados."
A valorização e desenvolvimento dos Parques Tecnológicos no país, não é exclusividade do Estado de São Paulo, o qual insituiu o Sistema Paulita de Parues Tecnológicos. Existem experiências positivas no Rio Grande do Sul, Ceará, Santa Catarina, Pernambuco, Minas Gerais e outras.
Especificamente, nesta semana, abordaremos o Parque Tecnológico do Rio de Janeiro, localizado na Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, na Ilha da Cidade Universitária.
O Parque Tecnológico foi criado e instalado no Campus Universitário com o objetivo de estimular a interação entre a universidade - seus alunos e corpo acadêmico - e as empresas que necessitam inovar.
Com base no mapeamento das principais competências acadêmicas da Universidade, foram observados e privilegiados os principais segmentos a serem explorados no projeto, sendo estes: áreas de energia, meio ambiente e tecnologia da informação.
No aspecto físico, o parque caracteriza-se por oferecer 350 mil metros quadrados, inseridos e organizados dentro do Campus Universitário de 4 milhões de metros quadrados. Este ambiente de convivência entre empresários, pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação, além de estimular o empreendedorismo entre os alunos e gerar programas de estágio, garante às empresas um acesso privilegiado a laboratórios, profissionais de alta qualificação e novas oportunidades de negócios.
O Parque Tecnológico do Rio de Janeiro, ligado a UFRJ, possui uma estreita ligação com a Petrobrás, que em parte explica a influência da exploração do pré-sal no sucesso do projeto.
A lógica é simples, a exploração da tecnologia do pré-sal demanda amplos processos de pesquisa, pois a tecnologia está na fronteira do conhecimento, ou seja, não é um conhecimento já apropriado. Estrategicamente a Petrobrás para garantir o domínio da tecnologia exigiu que a sua cadeia de fornecedores internacionais estabelecesse no Brasil as bases de pesquisa e desenvolvimento para essa tecnologia, o qual envolve a implantação de laboratórios e centros de Pesquisa e Desenvolvimento.
Considerando a localização dos poços petrolíferos e as condições favoráveis encontradas num Parque Tecnológico, o projeto do Rio de Janeiro é o que reúne condições mais propícias neste segmento no Brasil, visto que mantém posicionamento logístico satisfatório e equipes de especialistas nas suas atividades principais.
Essa condição é bastante confortável para a atração dessas empresas, e para o desenvolvimento de projetos e captação de recursos. O modelo de gestão permite a cessão de uso dessas áreas de acordo com os objetivos do projeto e o investimento para a construção dos centros de Pesquisa e Desenvolvimento podem ser feitos pela própria empresa.
Para objetivar a informação, citamos o projeto da empresa americana FMC, maior fornecedora de equipamentos para produção de petróleo do mundo, que começou a construção de um centro de pesquisas. O centro vai empregar 300 engenheiros. Em construção, estão os centros de pesquisa da francesa Schlumberger, a maior prestadora de serviços para a indústria de petróleo do mundo, e da americana Baker Hughes. A Usiminas negocia a construção de um centro para pesquisar novas qualidades de aço e a americana Halliburton um centro de pesquisa.