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Infraero promete investir R$ 1,6 bilhão em Cumbica
Cerca de R$ 1,6 bilhão. Esse é o investimento que a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) promete investir para modernizar o Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, até 2016, prazo dado para a conclusão das obras.

A principal intervenção obra é a construção do terceiro terminal de passageiros, atendendo o planejamento de São Paulo para se tornar cidade-sede da Copa de 2014, que será realizada no Brasil. A conclusão da primeira fase do projeto está prevista para novembro de 2013 e consumirá R$ 653,8 milhões. Para a conclusão total, em 2016, serão investidos mais R$ 716 milhões.

As reformas são vistas como prioritárias em Guarulhos, até pela falta de investimentos nos últimos anos, como o DIÁRIO mostrou na semana passada. Pesquisa feita pela consultoria Skytrax e divulgada no final do último mês, na Bélgica, colocou Cumbica em 121 lugar entre 210 aeroportos avaliados. O alento para os usuários vem do fato de que aeroportos de países que receberam a Copa do Mundo ou as Olimpíadas foram bem avaliados. “Cumbica  aguarda por investimentos há dez anos”, diz o engenheiro Jorge Eduardo Leal Medeiros , professor de Transporte Aéreo da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).

Segundo a Infraero, serão implantados mais dois módulos operacionais (estruturas que ampliam a área de embarque e desembarque), além da ampliação dos pátios e a construção de uma pista de taxiamento de aeronaves. Até 2014, está prevista a ampliação de atendimento para 36 milhões passageiros por ano. Hoje, o aeroporto atende 21,7 milhões de passageiros ao ano.

Não há, no entanto, um prazo para a abertura da licitação. O governo federal estuda parcerias com a iniciativa privada para arrecadar recursos para as obras.

Aeroporto 'perdeu' terminal previsto
Os investimentos previstos pela Infraero e divulgados ao DIÁRIO não levaram em conta um quarto terminal de passageiros, previsto desde os projetos iniciais de construção de Cumbica no início dos anos 1980, mas cuja construção jamais se concretizou. E, pelo jeito, jamais ele sairá do papel.

A estatal não informa os motivos pelos quais dois terminais jamais foram construídos em Guarulhos, conforme o projeto original. Apenas justifica que “atualmente, a pista de pousos e decolagens atende com folga à demanda de passageiros.”

Enquanto a Copa não chega — e junto com ela o terceiro terminal —, a Infraero improvisa para amenizar as críticas e tentar melhorar a fluidez de passageiros (mesmo não reconhecendo as reclamações). Estão previstas ainda para este ano a entrega dos dois módulos operacionais, que irão aumentar a capacidade operacional de atendimento.

Para especialistas como o professor Jorge Eduardo Leal Medeiros, “os investimentos precisavam ter sido feitos no tempo certo.” Para ele, a situação de Cumbica demonstra a falta de atenção que o aeroporto de Guarulhos, o principal do país, tem recebido do governo desde sua inauguração, em 1985.


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