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Empresa InGene da Incubadora Tecnológica AGENDE pode receber incentivo de R$ 200 mil da FAPESP

Agência FAPESP

Por Fabrício Marques e Bruno de Pierro

Uma plateia atenta e interessada composta por 150 empreendedores e pesquisadores de várias cidades paulistas esteve durante três horas no auditório da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), em São Paulo, na manhã do dia 18 de dezembro passado, para conhecer em detalhes o Programa de Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), uma iniciativa da FAPESP criada em 1997 que já desembolsou mais de R$ 180 milhões para apoio a 1.368 projetos inovadores desenvolvidos em microempresas e empresas de pequeno porte com sede no Estado de São Paulo.

Muitos dos empreendedores que estiveram na FAPESP nesse dia deverão apresentar propostas no primeiro ciclo de análise de 2014, que disponibilizará R$ 15 milhões para projetos que estará aberto até o dia 3 de fevereiro.

O PIPE apoia com recursos não reembolsáveis projetos de empresas que envolvam inovação tecnológica com potencial comercial e disponham de uma equipe de pesquisa com capacidade para enfrentar os desafios propostos. Quem recebe os recursos da Fundação é o pesquisador responsável que trabalha dentro da empresa.

Os projetos incluem desde os estudos sobre a viabilidade técnica e comercial de uma ideia criativa, conhecida como fase 1, com duração prevista de nove meses, até o desenvolvimento da pesquisa, a fase 2, com duração de até 24 meses. Na fase 1, o valor máximo de financiamento previsto é de R$ 200 mil para cada projeto. Na fase 2, chega a R$ 1 milhão. O pesquisador responsável deve ter vínculo com a empresa e dedicar pelo menos 24 horas semanais ao projeto.

Podem participar empresas com no máximo 250 empregados, com sede no Estado de São Paulo, e que tenham um projeto de pesquisa a desenvolver que aponte para uma inovação.

Uma das empresas que tiveram um projeto PIPE aprovado em 2013 foi a InGene Biotecnologia [da Incubadora Tecnológica AGENDE Guarulhos] que busca desenvolver um novo teste de diagnóstico genético a ser utilizado por casais que querem ter filhos, para avaliar se têm alguma mutação recessiva em comum e por isto apresentam risco aumentado de terem filhos com alguma doença genética.

“Isso já existe no mercado, mas no nosso projeto estamos propondo uma metodologia nova, mais moderna, capaz de reduzir os custos do exame e ser mais acessível”, diz a biomédica Juliana Cuzzi, responsável pelo laboratório da empresa e uma das participantes do projeto, cujo pesquisador principal é o geneticista molecular Péricles Assad Hassun Filho, diretor da empresa.

O projeto aprovado é um PIPE fase 1 e o objetivo é avaliar se o processo é aplicável e viável – com término previsto para agosto de 2014. O projeto já havia sido apresentado em 2012, mas para um outro programa, o PIPE/Pappe, e foi denegado. “Depois da primeira tentativa, aprimoramos a proposta e tivemos sucesso”, diz Ana Carolina Laus, bióloga e pesquisadora do projeto.

O programa PIPE/PAPPE apoia projetos para a fase 3, em que a ideia e o protótipo já foram suficientemente desenvolvidos e a empresa se dedica, então, a investir num plano de negócios para lançá-lo. O PIPE/PAPPE é resultado de um acordo de cooperação entre a FAPESP e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do governo federal. No plano nacional, atribui-se ao PIPE a inspiração para o surgimento de um programa semelhante em nível federal, o Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas (Pappe), iniciativa da Finep lançada em 2004. No Estado de São Paulo, em razão da existência do PIPE, FAPESP e Finep criaram um formato para a implementação do Pappe com características diferenciadas, que constituíram o programa PAPPE-PIPE III, em que empresas financiadas pelo PIPE receberam recursos para a fase 3.

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